quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009

Faltam poucas horas para 2009, mal posso esperar pela piada estúpida: "Eh pah, já não te via desde o ano passado!"
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(esta frase também sofre variações, nas quais se substitui a verbo ver por qualquer outro... mas continua a ser uma piada parva!)
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De qualquer modo, desejo a todos um ano Porreiro Pah!!!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Pois...


Porreiro pah...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Séries...

Recentemente deu-se o boom das séries...
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Enquanto à uns anos atrás o pessoal andava todo na onda do cinema e alguns dissidentes eram mais seguidores de novelas, hoje em dia, é raro conhecer alguém que não siga uma ou outra série (claro que ainda existem uns seres fatelas que vêm novelas, mas esses não frequentam este blog...).
Eu, por exemplo, já segui uma boa quantidade delas e continuo a acompanhar outras tantas (são viciantes!)...
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E é engraçado ver como até o que se passa nas séries, é de modas...
Primeiro surgiram os westerns, depois as séries de heróis, mais tarde as histórias de homens comuns que faziam cenas espectaculares, de seguida os grupos de amigos muito unidos que andam sempre metidos com toda a gente e que no fim acabam uns com os outros, mais recentemente surgiram as séries policiais e outras relacionadas com a saúde...
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A verdade é que, actualmente, existem aí séries para todos os gostos!
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Mas é giro que independentemente do tema base de cada série existem outras modas. Um exemplo disso é a doença de Huntington que, desde que a 13 do House descobriu que a tinha, já apareceram personagens com essa doença em Sem Rasto e Private Practice, será que a doença mesmo sendo genética, é contagiosa???

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Tradição Natalícia

Hoje cumpre-se mais uma fantástica tradição natalícia:

É dia de Natal dos Hospitais =)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Aproxima-te"

"Como é que te chamas?"

Começo por pensar que todas as pessoas são iguais. Talvez por comodidade, talvez por segurança, começo por supor que todas as pessoas, na sua infinita variedade de passados, presentes e futuros, são iguais. É partindo desse pressuposto que digo "nós". Não o "nós" de apenas eu e tu, não o "nós" de país ou língua, mas o "nós" meu, teu e deles, de países e línguas, de todos aqueles que não nos estão a ouvir. E digo: nós temos um mundo no nosso interior. Digo: é fascinante a história de tudo aquilo que fomos, que passou e que nunca foi esquecido porque nunca foi identificado. Sem que nunca tenha sido arquivado de uma forma consistente, catalogado ou sequer registado, acabamos por chamar "caos" ou "alma" a esse mundo. Na fila do supermercado ou numa esplanada, Junho, acabamos por chamar-lhe "pensamento". E mesmo durante o instante em que dizemos essa palavra, "pen-sa-men-to", somos assaltados por uma sucessão de frases, sobrepostas às vezes, ou por imagens, ou por melodias, ou por palavras soltas, ou por tudo isto, sobreposto, misturado, em luta ou em harmonia.
"Onde é que nos encontrámos antes?"

Tiramos fotografias para vermos quando formos mais velhos, para não esquecermos. Nesse mundo que existe por trás dos olhos é impossível tirar fotografias. É impossível filmá-lo. As palavras são insuficientes porque variam consoante a voz que as canta. As palavras escritas, a verem-nos desde o papel, são muito diferentes daquelas que, dentro de nós, se desfazem. às vezes, são como pássaros mortos na palma da mão. Outras vezes, são como a sua sombra. E, no entanto, escrever é falar para esse interior. Coloca uma ponte entre palavras e palavras, irmãos que se encontram. As palavras escritas no papel atravessam a pele e são despejadas directamente, com um ritmo, nesse mundo sem fronteiras que cada um de nós transporta. São como soldados a saltarem da parte de trás de um camião. Seriam necessárias muitas reticências se conseguíssemos escutar cada pormenor desse interior. É neste ponto que se coloca o problema da atenção. Temos olhos e, quanto à atenção, acontece o mesmo de quando olhamos para a distância e, a partir de certa altura, os contornos fogem dos objectos. Nesse nosso mundo/caos/alma, suponho que exista também uma distância: imagens que passam lá muito longe, por trás destas que passam logo aqui, palavras que passam onde apenas conseguimos ver vultos.
"Gosto da cor dos teus olhos."

Mergulhar no pensamento pode ser como mergulhar em contos infantis, podemos ser uma espécie de Alice deslumbrada. Podemos também encontrar masmorras e prisões perpétuas. Depende daquilo que procurarmos. Mais incrível do que não termos sempre esta consciência de nós próprios é o tão pouco que temos esta mesma consciência em relação aos outros. Está uma mulher sentada à nossa frente no autocarro, está o nosso pai, estás tu, e não somos sempre capazes de imaginar que, depois do rosto, ou sobre o rosto, invisível, está um choque frontal de palavras, está uma intermitência de frases, está uma imagem fixa, melodia, timbre de voz, etc. Apesar de já ter sido usado neste texto, "pensamento" parece-me um termo desadequado porque implica atenção. Estas palavras e imagens e melodias organizam-se em enxame. Mesmo quando oferecemos a atenção ao mundo, elas continuam lá, dentro de nós como se estivessem à nossa volta.
"Posso tocar-te os lábios?"

Cada palavra escrita alimenta-se dessas muitas palavras que a formam, cada palavra escrita é uma condensação. Cada palavra dita é feita da organização dessas palavras, mesmo que. Mesmo que, por vezes, se interrompam.
"Posso soprar-te os lábios?"

É agora que pergunto: o que é a memória? Um sentido poderia defender que as palavras e as coisas que nos constituem seriam viajantes, seguiriam movimentos - um pouco como os cometas, os astros. Desse modo, talvez fosse possível estabelecer um cálculo que pudesse prever cada ideia, palavra, imagem, etc. Seria assim, fácil, não fosse a circunstância de esse mesmo mundo existir com outro, depender dele - aquele que tem árvores, cidades e lugares concretos, aquele que está à nossa volta. Esse mundo que chamamos quando dizemos "mundo" e que, no entanto, é o encontro de todas as nossas solidões. Porque, mesmo que não procuremos palavras, acabamos por desconfiar que a incomunicabilidade absoluta existe, até entre nós e nós próprios. Ainda assim, somos capazes de encontrar muitas justificações para continuar os mesmos equívocos, para sermos incertezas vestidas de fatos, gravatas, ou tailleurs, escolhidos segundo critérios que aprendemos. Construir sistemas foi a parte mais fácil da nossa tarefa. Encontrar nome para os seus significados será outra das partes. Até lá, essas definições permanecerão enterradas por baixo daquilo que apenas podemos suspeitar quando nos detemos perante um horizonte ou perante uma cena de devastação. Olhar dessa maneira é um sentido que pertence às crianças, como a reflexão verdadeira é um sentido que pertence aos anciãos. Por isso, somos crianças paradas no extremo de um miradouro, de um cabo sobre o oceano. Tentamos imaginar o universo. Tentamos imaginar o infinito sem conseguirmos perceber que, no infinito do universo, existe um número infinito de mundos, todos eles infinitos em si, comportando mundos infinitamente. Depois, nos intervalos dessa incapacidade, encontramo-nos e somos funcionais. Cumprimentamo-nos à chegada e despedimo-nos à partida. A civilidade existe para nos guiar mas, ao mesmo tempo, acaba por nos desviar de nós próprios, acaba por dificultar que nos aproximemos de dizer aquilo que é evidente apenas para cada um de nós. Não é difícil concluir que são muito mais as palavras que não podemos dizer do que aquelas que conhecemos. Há fronteiras que ainda não sabemos ultrapassar, que estão connosco, que são nós.
"Posso beijar-te?"
Por José Luís Peixoto
Publicado originalmente no Jornal de Letras

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A Saudade!!

O Natal está aí à porta!
Andam milhões de pessoas atarefadas com as últimas compras de Natal, e outras tantas a ver se conseguem esticar o orçamento até à consoada... Mas isso é a crise, a famosa crise! E sobre isso já se fala tanto, que não vos maço com os ditos problemas dos outros...

É tempo de solidariedade, de alegria, de amor, Oh Oh Oh...

É, dizem alguns, a época das crianças!

É, então, nesta altura que me lembro de "quando eu era pequena", do tempo em que as coisas "é que eram...". E no baú das recordações do que me fui eu lembrar? D'A minha agenda!!!

Ainda se lembram?
Esta que tenho na imagem é do primeiro ano em que as fizeram (o ano em que surgiram todas as grandes coisas da humanidade: a minha agenda, eu, e mais qualquer coisita...).
Ainda tenho um exemplar destes lá em casa! Que nem é meu, mas está recheado de recordações e obras de arte da minha infância :)
Em cada folha uma sugestão de actividade lúdico-pedagógica, um truque de magia ou até mesmo uma receita simples...
A SAUDADE!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Publicidade enganosa!!!

Pois é, estamos na bela época natalícia em que se comemora ... hum... o que é mesmo que se comemora? Ah!!! Já me lembro... O nascimento do baby Jesus!

E qual a melhor forma de comemorar uma efeméride Cristã (na qual os mais devotos fazem voto de pobreza) do que a gastar dinheiro a oferecer prendinhas ao pessoal?? =)


Bem, o que acontece é que a nossa TV, como é amiga, gosta de nos tornar a tarefa do consumismo desenfreado mais fácil, e somos bombardeados com centenas de ideias para presentes...


Não é que de vez em quando aparecem-nos anúncios enganosos?!?


À dias, vi um anúncio ao novo CD de Enrique Iglesias intitulado Greatest Hits. Dizia a voz off que era um CD que reunia os grandes êxitos de Enrique Iglesias, as músicas mais populares...


Digam-me se isto não é enganar o pobre consumidor!


Enrique Iglesias tem êxitos? Pior, tem músicas? E nem quero pensar que alguém queira insinuar sequer que ele canta!!!


!!MEDO!!