Agosto

Estamos em Agosto.

Sim, eu sei que já vamos a mais de metade do mês, mas apeteceu-me escrever umas palavras sobre isso...

Para ser sincera não gosto nada deste mês! Como não sou uma pessoa dada a praia este mês é um tormento, não há nada para fazer...

3/4 do país está parado e juntam-se a eles os vários emigrantes que retornam á terrinha para rever familiares e exibirem as suas riquezas conquistadas no exterior:

• as correntes de ouro com o senhor na cruzeta, ao pescoço do chefe de família (que sobressai por entre a camisa de seda aberta para mostrar toda a sua virilidade em pêlos)


• os penteados a lembrar pavões loiros e as camisas com enchumaços que estão muito na moda lá na França dos 80's com os quais a esposa do chefe se exibe às cunhadas e irmãs


• o filho mais velho já traz o seu brinco de ouro e o penteado á jogador de futebol


• a filha já vem armada em mete nojo, porque na França/Suíça/Luxemburgo/ América/Whatever "é que é bom" e a família de cá são todos um bando de parolos


• é claro que todos eles vêm já com sotaque mesmo que tenham emigrado na semana passada e os filhos já nem sabem falar português (mas quanto a isto nem os Portugueses sabem muito bem...enfim)

Mas o giro disto é quando as famílias se juntam para um dia de praia e criam verdadeiros condomínios fechados... Para quem acha que a ideia da feijoada e o garrafão de vinho já está ultrapassada deixo-vos uma fotografia onde se pode ver um desses condomínios e garanto que na mesa não deviam faltar os petiscos tradicionais! Qual sandes, qual quê? Isso não alimenta...

Será?

Recebi esta imagem da família do Paulo Bento.

É caso para dizer que "quem sai aos seus não é de Genebra"...

Cunha!!!

Embora isto não interesse a praticamente ninguém, excepto a mim própria, quero partilhar convosco, que acabei a minha Licenciatura.

Pois é, canudo na mão, E AGORA?

Não é um momento tão feliz quanto pensei que seria, mas como me disse alguém numa outra situação: "pelo menos não andas numa cadeira de rodas...". (Se quiserem um tempo para reflectir sobre a força do comentário, força...)

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Bem, onde queria mesmo chegar com isto tudo é que preciso de uma cunha para arranjar emprego!!! Como hoje em dia a história do mérito próprio é uma treta e as competências não são minimamente levadas em conta nos actos de contratação, deixo aqui o meu apelo.

Pessoal que conhece gente de hospitais, clínicas e cenas do género onde uma enfermeira possa trabalhar, METAM UMA CUNHA POR MIM, não custa nada...

Sejam porreios pah ;)